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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mini-Glossário de Filmes de Terror e Suspense

Terror
O gênero ficcional do terror ou horror existe em qualquer meio de comunicação em que se pretenda provocar a sensação de medo. Desde a década de 1960 que qualquer obra de ficção com um tema mórbido ou repelente são conhecidos do público como um gênero à parte, com grupos de fãs muito específicos que rendem culto a subgêneros ou a determinados filmes e literatura a eles associada. Este gênero está intimamente ligado à ficção fantástica e à ficção científica. O medo é a fonte dos filmes de terror. Alguns especulam ser um dos sentimentos que mais faz as pessoas se sentirem vivas e livres.

Desde sempre que as personagens ficcionais são colocadas em situações escabrosas. Isso acontece nos contos tradicionais, nos mitos e nas lendas. De fato, muitas destas situações, fazendo parte do imaginário coletivo foram, posteriormente, incorporadas por escritores e cineastas nas suas produções.

Os lobisomens, vampiros, bruxas, fantasmas e outros são presença na tradição oral. Mas contos dos Irmãos Grimm e que são tidos como literatura infantil, possuem também muitos elementos de horror que chegaram a preocupar alguns pedagogos atuais (mas outros, como o psicólogo Bruno Bettelheim, no livro Psicanálise dos Contos de Fadas, defendem a necessidade de não amenizar os aspectos mais horrendos das histórias, como é freqüente, por exemplo, nas adaptações modernas da Walt Disney).


Atualmente há os especialistas em horror contemporâneo como os escritores Stephen King e o britânico Clive Barker.


Os filmes de terror clássicos têm como personagens alguns monstros mutantes, mortos-vivos, psicopatas cruéis em busca de vingança, perseguindo as mocinhas indefesas, etc. Hoje em dia, o terror é mais psicológico. Com mais cenas de suspense, ruídos ou até mesmo silêncio absoluto, é assim que os diretores actuais costumam amedrontar seu público nos cinemas de todo o mundo.


retirado da wikipedia:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Terror_(g%C3%AAnero)




Sub-Gêneros do Terror


Slasher
Slasher é um sub-gênero de filmes de terror quase sempre envolvendo assassinos psicopatas que matam aleatoriamente. Pecando em vários sentidos em sua produção tanto no roteiro quanto na atuação, edição, fotografia, música e envolvendo muito sangue. Normalmente são feitos com baixo orçamento, daí são constantemente nomeados como "terror b".



O nome "slasher" foi criado porque o princípio básico do filme é um serial killer com uma máscara ou fantasia que vai coletando vítimas e mais vítimas ao longo do filme, até ser revelado sua identidade misteriosa pela protagonista que, após fugir o filme inteiro, acaba matando o vilão.



Muitos filmes se destacaram ao longo dos anos desde que o gênero se submeteu. Tendo como precursor o clássico "Halloween", de John Carpenter, trazendo consigo todo o potencial dos filmes e seus clichês, além de ser a estréia para o mundo de Jamie Lee Curtis.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Slasher


Snuff Movies
Um filme snuff é um gênero do cinema que mostra a morte ou assassinato real de uma pessoa ou pessoas, sem a ajuda de efeitos especiais, para o propósito de distribuição e entretenimento ou exploração financeira. Apesar das mortes terem sido capturadas em filme, filmes snuff como comumente definidos são geralmente tidos como lenda urbana.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_snuff


Exploitation
Filmes de baixo orçamento que exploram temas sensacionalistas, muitos deles fenómenos sociais em foco nos noticiários, ou temas de blockbusters que tiveram sucesso junto do público. Sexo, terror e o fantástico são temas recorrentes deste género, existindo uma infindável quantidade de subgéneros, como o blaxploitation (Filmes com negros como os protagonistas), sexploitation (filmes com temáticas eróticas), mondo films (espécie de exploitation em forma de documentário), nazisploitation (filmes cujo enredo se concentra em personagens nazistas), entre outros.

Embora filmes "B" existam desde o início da história do cinema, os filmes exploitation começaram a ganhar forma na década de 60, quando os drive-ins começaram a exibir sessões duplas, destinadas a um público jovem, ávido de filmes com música rock e motos.

Sexploitation
Filmes produzidos com o propósito de explorar o erotismo. O termo é associado a filmes de baixo orçamento onde o nudismo e o sexo são a sua característica principal. A década de 60, acompanhando o espírito da época, assistiu a um elevado número de filmes do género. Actualmente o termo caiu em desuso devido à banalização da pornografia.

Suspense
Por extensão, em Literatura e Cinema, o termo suspense passou a designar um gênero de narrativa (de ficção ou não-ficção) em que predominam as situações de tensão, provocando temor ou eventualmente sustos, no leitor ou espectador.



No cinema, o suspense foi largamente explorado, como forma de cativar a audiência. Alguns cineastas o tornaram sua marca registrada, como é o caso de Alfred Hitchcock, cujos filmes possuem a preocupação principal de provocar uma reação de medo ou expectativa. No tipo de suspense descrito por Hitchcock, ele ocorre quando a audiência tem a expectativa de algo ruim que está para acontecer (ou que eles acreditam que possa acontecer), uma perspectiva construída através de eventos sucessivos, aos quais eles não têm o poder de interferir de forma a prevenir os acontecimentos.



Muitas séries de TV exploraram o suspense, como forma de manter a audiência por longos períodos. Um exemplo foi a série The Twilight Zone ("Além da Imaginação", no Brasil), realizada em 1959, que explorava o clima entre o suspense e o poético, em histórias centradas na vulnerabilidade humana, incentivando a reflexão. O sucesso do formato da série levou a várias refilmagens e continuações, nos anos 1980 e em 2002.


fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Suspense

Giallo
Giallo (em italiano: Amarelo) é um gênero literário e cinematográfico italiano que fez sucesso na década de 1970 e no fim da de 1980. Até hoje sobrevive principalmente pela mão do realizador italiano Dario Argento.

Existia uma série de livros policiais na Itália que tinham a capa amarela. Quando se começaram a produzir filmes sobre assassinos em séries sendo perseguidos por detetives, a associação com os livros levou a que esse gênero cinematrográfico tenha sido apelidado de giallo. A maioria dos filmes deste gênero são semelhantes, com um assassino em série (que geralmente é mostrado somente no final, durante o filme vemos apenas suas mãos vestidas com luvas pretas de couro), um detetive que procura essa assassino, mortes chocantes, principalmente de mulheres (sempre com cenas de perseguição antes do ato), e exposição de corpos total ou parcialmente nús. O giallo foi muito importante para o gênero do terror. A maioria dos realizadores italianos da atualidade teve sua estréia cinematográfica com giallos. Foi tão popular em sua época que esteve na origem dos gêneros slasher (assassino em série que persegue adolescentes, muito popular nas décadas de 1980 e 1990) e gore.




Filmes Noir
Film noir (pronuncia-se no-ar) é um estilo de filme primariamente associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo cínico e antipático. O Film noir é derivado dos romances de suspense da época da Grande Depressão (muitos filmes noir foram adaptados de romances policiais do período), e do estilo visual dos filmes de terror da década de 1930. Os primeiros Films noirs apareceram no começo da década de 1940. Os "Noirs" foram historicamente filmados em preto-e-branco e eram caracterizados pelo alto contraste, com raízes na cinematografia característica do expressionismo alemão.



O termo film noir (do francês, filme preto) foi atribuído pela primeira vez a um filme pelo crítico francês Nino Frank em 1946. O termo era desconhecido dos diretores e atores enquanto eles criavam os films noirs clássicos. A expressão foi definida posteriormente por historiadores do cinema e críticos. Muitos dos criadores de film noir revelaram mais tarde que não sabiam, naquela época, que haviam criado um tipo distinto de filme.


Precursores

O Film noir é resultado de uma combinação de estilos e gêneros, com origem na pintura, assim como no cinema. De acordo com James Monaco em American Film Now, film noir não é um gênero em si, mas um estilo visual. Outros críticos tratam o film noir como um "modo" ou "ciclo".

A estética do film noir é fortemente influenciada pelo Expressionismo alemão Sob o jugo do Nazismo, muitos diretores importantes foram forçados a emigrar (incluindo Fritz Lang, Billy Wilder e Robert Siodmak). Eles levaram em sua bagagem técnicas que desenvolveram (principalmente a iluminação datição e o ponto-de-vista subjetivo e psicológico) e fizeram alguns dos mais famosos films noirs nos Estados Unidos.

Outras influências importantes vieram do realismo poético francês, com seus temas de fatalismo, injustiça e heróis arruinados, e do neo-realismo italiano, com ênfase na autenticidade. Muitos films noirs posteriores, como Night and the City (1950) e Panic in the Streets (1950), adotaram uma abordagem neo-realista, utilizando fotografia in loco e extras não-profissionais. Além disso, alguns films noirs se esforçaram em retratar pessoas comuns e oprimidas com vidas ordinárias de uma maneira similar aos filmes neo-realistas, como The Lost Weekend e In a Lonely Place.

Nos Estados Unidos, a principal influência literária do film noir veio da escola de ficção policial e de detetives, que abrange escritores como Dashiell Hammett, Raymond Chandler e James M. Cain, popularizado em revistas baratas como Black Mask. Apesar de não ser considerado um film noir, Cidadão Kane (1941) de Orson Welles teve uma forte influência no desenvolvimento do estilo deste gênero, particularmente por seus visuais barrocos e a complexa estrutura narrativa conduzida por sobreposição narrativa.




O período clássico

As décadas de 1940 e 1950 foram o "período clássico" do film noir. Alguns historiadores do cinema consideram Stranger on the Third Floor (1940) como o primeiro film noir genuíno. Touch of Evil (1958), de Orson Welles é comumente citado como o último filme do período clássico.

Alguns acadêmicos acreditam que o film noir nunca acabou realmente, mas apenas declinou em popularidade para, mais tarde, ser revivido de uma maneira um pouco diferente. Outros críticos - talvez a maioria - não consideram autênticos os filmes feitos fora do período clássico. Estes críticos consideram o genuíno film noir como pertencente a um ciclo ou período, e crêem que os filmes subsequentes que tentaram reviver os filmes clássicos são diferentes, pois os criadores são conscientes do estilo "noir", de maneira que os diretores dos film noirs originais talvez não fossem.

Muitos dos filmes deste gênero eram produções de baixo orçamento, sem atores de grande porte e alguns diretores e roteiristas perseguidos pelas políticas dos tempos da guerra fria que se acharam, de certa maneira, livres das regras das grandes produções. Muitos dos mais populares exemplos de film noir giram em torno de uma mulher de virtudes questionáveis, e eram também conhecidos por bad girl movies. Os filmes dos grandes estúdios demandavam mensagens mais positivas. Personagens fracos e moralmente ambíguos foram interpretados por astros do cinema, enquanto os personagens secundários raramente possuíam alguma profundidade ou autonomia. Era regra nos filmes "A" o uso de iluminação sofisticada, interiores luxuosos e sets de filmagens externas ricamente elaborados. O film noir ficou conhecido por estas características, criando dramas inteligentes e austeros permeados por niilismo, desconfiança, paranóia e cinismo, em ambientes realistas urbanos e utilizando-se de técnicas como narração confessional ou movimentos de câmera com o ponto-de-vista do herói. O estilo noir gradativamente influenciou o senso-comum - mesmo fora de Hollywood.





Ficção Científica

Desde que o cinema começou, se encontra a ficção científica em filmes. Autores de livros que causaram a curiosidade e a imaginação do mundo sobre temas dessa natureza, como H. G. Wells ou Júlio Verne, chamaram também a atenção dos autores da mídia. Orson Welles, como radialista, aterrorizou toda a população de Nova Iorque, interpretando no rádio a história do livro Guerra dos Mundos de H. G. Wells, onde grande parte da população acreditou estar mesmo sendo invadida pelos marcianos. Alguns dos livros desses autores foram interpretados no cinema em preto e branco, como: Viagem ao centro da terra, De La Terre à la Lune (Da terra à lua), The Time Machine (A máquina do tempo), O Homem Invisível, Vinte mil léguas submarinas, The Island of Dr. Moreau (A Ilha do Dr. Moreau), etc.. Outros ainda desde o cinema mudo, como o clássico King-Kong, embora nesse caso haja uma classificação alternativa como genêro Cinema Fantástico, já que o tema não decorre propriamente de especulação científica.

Também os marcianos foram mostrados em diversos filmes estadunidenses nos anos 30 e 40, continuando com o medo de invasão espacial, surgido desde que foram observados pelo telescópios os famosos canais de Marte.

Nos dias atuais os filmes do género estão entre os que alcançam maior índice de bilheteira, demonstrando ainda a fascinação das pessoas sobre o que está por vir, ou ainda sobre o que é pura fantasia, como em Extraterrestre E.T., ou Guerra nas estrelas, O exterminador do futuro, De volta para o futuro ou episódios de Jornada nas Estrelas.

O conhecimento científico avançando cada vez mais, atualmente, mostra uma fronteira cada vez mais larga sobre o que podemos construir em matéria de ficção científica, deixando uma gama ilimitada de temas das quais podem ser criados filmes. Como esses filmes que especulam sobre o futuro se mostram entre os mais rentáveis, é de se esperar que vejamos cada vez mais o tema sendo explorado pela televisão e cinema.

É interessante observar os temas dos filmes mais populares de ficção, que em geral mostram os anseios e os receios de determinada geração em função de novas tecnologias ou descobertas científicas. e: http://pt.wikipedia.org/wiki/Filme_de_fic%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica


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